Nem sempre é preciso abrir mão das facilidades da vida moderna para utilizar os recursos hídricos de maneira consciente. Ainda que máquinas de lavar roupas, calçadas e piscinas impactem no consumo, principalmente nos períodos de estiagem, pequenos exemplos já contrastam com o desperdício de água em Apucarana e mostram que o desafio da mudança de consciência pode ser vencido.
O agricultor Yoshio Makita, de 68 anos, é um dos defensores do consumo consciente. Há 15 anos, ele vem armazenando água da chuva em cisternas no quintal de casa. São três caixas d’água com capacidade para mil litros cada uma. Para não correr o risco de criar mosquitos da dengue, as cisternas têm até peixes ornamentais.
“Uso essa água para cultivar minhas plantas, um hobby que tenho. A água da chuva não tem cloro como a que vem da rua, tratada pela Sanepar. Por isso, ajuda as plantas a crescerem saudáveis. As flores agradecem e ainda economizo. A água é preciosa demais para desperdiçarmos”, define Makita.
O gerente regional da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Nelson Mardegan, salienta que consumir racionalmente os recursos hídricos é uma questão de cultura. “Algumas pessoas ainda não têm uma percepção de situações que enfrentamos. Sempre tivemos a concepção de que no Brasil existiria água em abundância, mas não é bem assim. Em nossa região, também temos vulnerabilidades hídricas, ainda mais com as cidades crescendo”, assinala.
Fonte: www.tnonline.com.br
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