Há quase meio século, ele é um dos maiores colecionadores de moedas do Paraná. Sabe de cor e salteado a história do dinheiro no mundo e de todas as cédulas e moedas de sua vasta coleção.
Todas as notas e moedas de Jerônimo estão organizadas em sequência, acompanhadas de informações sobre cada uma, curiosidades e dados sobre a época em que circularam. Além disso, o colecionador compra livros, revistas especializadas e faz pesquisas na internet para saber tudo, inclusive as curiosidades, sobre cada objeto da coleção.
O colecionador tem exemplares de tudo o que circulou no Brasil desde o Dia do Descobrimento, mas também exibe com orgulho cédulas e moedas de outros 51 países - algumas mais antigas do que alguns países.
Várias dessas peças são verdadeiras raridades, como as notas de 2 dólares em que o brasão é verde ou vermelho, o dinheiro alemão cuja cédula é quase quadrada e cédulas de alguns países que são quase do tamanho de uma folha de livro – o que certamente dificultaria colocá-las no bolso. Há também moedas tão pequenas que seria fácil perder, como a de 1 centavo cunhada no Brasil, menor que um botão de camisa.
Jerônimo Costa, que nasceu em Londrina e cresceu em Maringá, sempre trabalhou com o comércio de veículos. Agora, aposentado, dispõe de mais tempo para curtir a "fortuna". "Antes, quando ainda não existia a internet e as publicações eram raras, a gente tinha algumas dificuldades para localizar moedas ou cédulas que queríamos.
Por outro lado, existiam os clubes de numismática, onde tanto podíamos comprar ou trocar dinheiro antigo quanto obter informações com os companheiros", lembra. Hoje, boa parte do dinheiro conseguido por colecionadores é localizado e comprado por meio de sites especializados.
Dinheiro regional
A coleção conta com notas raras que não chegaram a circular em todo o Brasil, mas apenas em certas regiões ou mesmo em uma só cidade. É o caso das notas emitidas pelo Banco do Café, que circularam no início do século passado e chegavam às mãos somente dos produtores e compradores de café. Era um dinheiro que não valia para todo o comércio, mas que os produtores, maquinistas e transportadores podiam trocar em certos bancos.
Há também dinheiro que circulou somente em certas regiões, como as notas impressas pelo Banco da Bahia. Na época em que ainda não existiam carros e aviões, os grandes comerciantes, produtores de gado e outros empreendedores, além dos bancos, tinham dificuldade para transportar dinheiro de um Estado para outro. Por isso, cada região brasileira tinha uma casa da moeda, autorizada pelo governo do País a produzir cédulas.
Fonte: http://maringa.odiario.com
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