As mobilizações da categoria organizadas pela APP-Sindicato neste início do ano - nos dias 9 de fevereiro e 15 de março - foram decisivas para conquistar do governo a proposta de pagamento do piso salarial profissional nacional (PSPN) no Estado. O que foi apresentado não veio de graça, foi fruto de argumentação intensa e permanente do sindicato. Analise: em fevereiro, o Ministério da Educação (MEC) definiu que em 2012 o valor do piso é de R$ 1.452,06. Em março, ao negociar com a APP, o governo do Paraná propôs pagar aos professores da rede, até outubro deste ano, o salário inicial (por 40 horas) de R$ 1.463,28.
Este valor será alcançado através da aplicação de três índices: 6,5% em maio de 2012 (relativo a correção da inflação, que é feita na data-base da categoria); 5,95% em julho de 2012 e 5,95% em outubro de 2012. O total a ser aplicado é de 19,55%. O percentual repercute em igual proporção em toda a tabela, isto é, não se restringe ao início da carreira (veja a tabela abaixo), possibilidade que existia, mas que foi afastada com rigor pelo sindicato durante as negociações. A pressão também serviu para o governo anunciar a realização de concurso público para todas as disciplinas (edital previsto para maio) e uma nova oferta, ainda este semestre, da dobra de padrão.
Por que continuar a mobilização? Precisamos fortalecer a nossa mobilização para garantir que o governo entenda claramente o nosso recado: somos muitos, somos fortes, somos organizados e exigimos que os nossos direitos sejam respeitados. Ao colocarmos mais de 7 mil educadores nas ruas, em 15 de março, e conseguirmos paralisar 95% das escolas da rede, demos ao governo um sinal de alerta. E as propostas vieram, apesar de ainda insuficientes. Agora, o momento é de reforçar a mensagem, para avançar nas conquistas que desejamos: implantação da hora-atividade como define a Lei do Piso (1/3 da jornada); retroatividade no pagamento do PSPN no Estado a janeiro; aumento real, e imediato, de 7,16% para os funcionários de escola (além da implementação dos avanços que estão sendo negociados na comissão formada por sindicato e governo que estuda os planos de carreira de funcionários e professores); o anúncio do novo sistema atendimento à saúde dos servidores do Estado e melhorias nas condições de trabalho de todos os educadores. Por tudo isto, vamos parar no dia 26 de abril. Vamos mostrar a força da educação.
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